E aí, como estão?
Vamos conversar papai e mamãe!
A primeira e genuína experiência das crianças é a partir do núcleo familiar. É a família que apresenta o mundo, com todas as cores, nuances e matizes. É através dos olhos de seus pais ou cuidadores que ela se estrutura, funciona e existe. Falar sobre família implica falar sobre as relações existentes entre seus membros. Já parou pra pensar sobre o que passa na cabecinha dos filhos quando olham para seus pais? Qual o significado que dão a relação conjugal? Como essa conjugalidade reverbera dentro deles?
Na perspectiva sistêmica, a forma como os pais se relacionam, se expressam e resolvem os conflitos, influencia o desenvolvimento emocional da prole. Poderíamos pensar que brigas ou conflitos levariam a problemas emocionais e de ajustamento nos filhos? A resposta é… depende de quatro fatores a serem considerados: frequência, intensidade, conteúdo e resolução dos conflitos.
Casais envolvidos em manter um bom relacionamento conjugal, oferecem maior qualidade de presença, interação e engajamento com os filhos. Por sua vez, os filhos desenvolvem maior segurança e confiança em suas relações, inclusive reverberando na vida adulta. Pais com melhor capacidade de regulação emocional ensinam as crianças sobre como lidar com suas próprias emoções e problemas do cotidiano. Você alguma vez já se pegou envolvendo os filhos, perguntando a opinião deles na hora das brigas conjugais? E, será que ajuda em algo falar mal do cônjuge para a criança?
Precisamos entender que os conflitos são inerentes das relações humanas. O fato de o casal apresentar dificuldade de manejo e comunicação diante dos desentendimentos pode ser gerador de estresse aos filhos. Papai e mamãe, que tal experimentarem algumas das estratégias positivas diante dos conflitos, como forma de encontrar soluções e outros desfechos? Depois, observem as respostas de seus filhos!
- Procure negociar;
- Faça acordos;
- Tenha empatia um com o outro;
- Dialogue mais;
- Demonstre afeto e apoio entre o casal.
Nenhum relacionamento afetivo se desenvolve sem conflitos. Entretanto, todos podem aprender a lidar melhor com os desentendimentos que aparecem no dia-a-dia da vida a dois. Tudo depende de esforço e treinamento dessas habilidades, caso seja necessário busque ajuda com um psicólogo.
Alessandra Mangoni Galves Trentin
Psicóloga CRP 07/14095
Terapeuta Sistêmica Familiar, Conjugal e Individual
pelo CEFI de Porto Alegre